coluna jaqueline silveira

As diferenças e semelhanças entre Lula e Cristina Kirchner

18.308

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil) / Néstor J. Beremblum (Folhapress)

A esquerda retomou o poder na Argentina com a eleição do peronista Alberto Fernández para presidente, eleito em primeiro turno no domingo. Ele venceu o atual chefe do país, Mauricio Macri. Sua vice é Cristina Kirchner, atual senadora, que chegou a ser cogitada para concorrer a presidente, mas desistiu quando percebeu que o desgaste seria enorme devido aos processos e investigações que responde por corrupção.

Entenda as regras de transição da reforma da Previdência

Além disso, na cabeça de chapa, Cristina poderia capitalizar a candidatura de Macri, apesar de o país estar numa grande crise econômica, já que uma parte da Argentina a ama, e outra, a odeia. A ex-presidente foi inteligente e teve a humildade de saber que o melhor era colocar seu ex-chefe de Gabinete como candidato. Cristina também evitou ser protagonista, foi uma coadjuvante discreta na campanha.

O que sobrou a Cristina faltou ao PT e a Lula nas eleições de 2018. Os erros das gestões petistas somados à insistência em lançar Lula à Presidência capitalizaram a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que não precisou apresentar plano para governar o país, bastou ser o contraponto ao PT. Seu maior líder e a legenda também não foram capazes de abrir mão da candidatura em prol de Ciro Gomes (PDT), o único concorrente capaz de derrotar Bolsonaro, como apontavam as pesquisas.

Prefeitura de Santa Maria propõe pagamento de impostos com cartão

Agora, com a possibilidade de Lula, que está preso há mais de um ano em Curitiba, ser solto, o PT, junto com ele, já planeja caravanas pelo país, polarizando ainda mais o cenário político Já Bolsonaro, que está em queda livre nas pesquisas, atrapalhado pela briga interna e com as denúncias de laranjas no PSL mais as confusões e investigações envolvendo os filhos, pensa em tirar proveito do retorno do ex-presidente para melhorar sua imagem pessoal e de sua gestão.

Não bastasse isso, o PT já ensaia lançar Lula, que, a exemplo de Cristina, é odiado por uma parte e amado por outra no Brasil, para 2022, outro grande erro. Essa decisão deve capitalizar novamente candidaturas conservadoras. O PT deveria mirar no exemplo da aliada do país vizinho, mas é provável que a soberba e a arrogância não permitam enxergar o óbvio.   

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Bolsonaro é citado em investigação sobre morte de Marielle Franco

Próximo

Entenda as regras de transição da reforma da Previdência

Política